sábado, 31 de dezembro de 2011

Eu e o Pole: como tudo começou...

Foi numa tarde de domingo em abril de 2011.
 O ambiente não era algo exatamente novo para mim. Parecia e era uma boate. A única coisa diferente no local eram as duas barras de Pole Dance e o grupo só de mulheres. Éramos um número entre trinta e quarenta, de todas as idades, mas com o mesmo ar de ansiedade curiosa. No meu grupo de amigas mesmo, ninguém jamais tinha frequentado um evento desses. Uma tarde sensual só para mulheres.
 Na programação havia de tudo um pouco: mostra de lingeries, produtos de sexy shop, apresentação de dança do ventre e pole, técnica de striptease, palestra com uma sexóloga e uma "surpresa especial" - preciso dizer mais alguma coisa? As lingeries eram bonitas, os produtos curiosos, o professor de dança do ventre foi uma surpresa, a palestra interessante... Mas o que me encantou verdadeiramente foi o pole dance.
A professora, Cátia Damasceno, foi encantadora, sensual e engraçada na medida certa. E sua apresentação de uma música no pole foi de cair o queixo. Salto alto, top, short curto, acrobacias e inversões me levaram a perguntar por que os homens gostam tanto disso.
Quando a professora terminou sua apresentação ofegante, depois de desafiar a gravidade, pensei que talvez eu pudesse fazer pole como uma atividade física – afinal, já tinha um tempinho que eu tinha desistido da academia. Na pior das hipóteses, daria um entretenimento interessante para o dia dos namorados (eu estava namorando na época).
Depois desse dia, fui atrás. Pesquisei e vi vídeos de pole dance. Depois que vi uma apresentação da brasileira Rafaela Montanaro no youtube eu cheguei à conclusão: eu tinha descoberto uma dança e, definitivamente, um esporte. Fui ao estúdio da Cátia e marquei uma aula experimental com a Delma Eusébio, pois a Cátia descobriu que estava grávida e teria que parar com o pole, claro. Eu estava mais do que disposta a fazer pelo menos um mês de aulas.
Na época, fui mais pela perspectiva de fazer alguma atividade física. Não imaginei que fosse acabar me apaixonando nem conseguindo fazer metade do que as atletas fazem nos vídeos dos campeonatos de Pole Dance – de fato, não consigo fazer metade ainda, mas sei posso aprender se treinar muito para tal.
No começo, os movimentos eram fáceis para mim: eu precisa de mais coordenação motora do que força – nos movimentos iniciais utilizamos muito apoio das pernas, o que facilitou bastante. Mesmo assim, senti dores musculares; aquelas que sempre sentimos quando começamos a fazer uma atividade física. E marcas roxas se tornam lugar comum – até hoje!
Foi assim que um mês se transformou em seis, até que tive que largar as aulas. (E o namoro acabou antes que eu tivesse coragem de tentar dançar uma música no pole.) Acabei dando um jeito de comprar uma barra e hoje minhas noites são repletas de música, pole e quedas – afinal não tenho ninguém para me segurar. Por último, preciso dizer que gosto de pensar em mim como dançarina de Pole Dance, mas sei que tenho muito a aprender ainda.
Espero que mais gente se aventure a descobrir esse esporte – homens e mulheres!

OBS.: se fosse traduzir “Pole Dance” do inglês para o português ficaria algo como “Dança do Cano”.


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